A Gestão de energia é mais do que um conceito técnico, é a linha tênue entre eficiência e desperdício, entre controle e surpresa operacional.
Na teoria, tudo deveria funcionar: dados fluindo, alarmes alertando, decisões sendo tomadas no tempo certo.
Mas na prática? Um sistema fora do ar, um comando que não executa, um consumo fora do previsto… e lá se vão desempenho, previsibilidade e orçamento.
Para quem vive o dia a dia da operação energética, seja no setor industrial, comercial ou de infraestrutura crítica, fica claro: não dá mais para depender de planilhas, tentativas e retrabalho..
Neste artigo, você vai entender:
- O que realmente é gestão de energia (e o que ela não é);
- Os riscos reais da falta de visibilidade e automação;
- E como a tecnologia certa pode mudar sua operação, com dados confiáveis, comandos inteligentes e decisões precisas.
O que significa gestão de energia na prática?
A gestão de energia é o processo de monitoramento, controle e otimização do uso de recursos energéticos (como eletricidade, gás e combustíveis) com foco em eficiência, economia e sustentabilidade.
Em um cenário de alta complexidade operacional como o de usinas solares, esse conceito ganha ainda mais relevância. Aqui, gestão de energia significa antecipar falhas, automatizar decisões críticas e garantir alta performance com segurança e previsibilidade.
Com tecnologias como SCADA, sensores inteligentes, automação e análise de dados, a gestão energética evolui de controle básico para uma estratégia operacional que reduz custos e protege a rentabilidade da planta.
O que é gestão de energia?
A gestão de energia é um conjunto de atividades que visa melhorar a performance, rentabilidade e sustentabilidade de usinas de energia solar. Assim, promove a eficiência operacional do sistema, controlando custos e perdas.
É importante dizer que o gerenciamento de energia é um processo amplo e complexo que precisa observar todos os ativos e fluxos da usina: da produção à distribuição da energia.
Na ATI, entendemos que a verdadeira gestão de energia vai além do controle do consumo e da eficiência. Nosso conceito abrange toda a gestão da operação da usina, incluindo monitoramento, automação, integração de dados, análises preditivas e atuação remota.
Como funciona o monitoramento de energia em tempo real?
O monitoramento em tempo real é um dos fatores mais importantes para a gestão de energia em usinas. Como o nome sugere, ele é feito de forma contínua com a ajuda de softwares e hardwares específicos.
Gestão preventiva x gestão corretiva de usinas
A gestão preventiva se baseia no monitoramento em tempo real e constante da usina, visando evitar paralisações e prejuízos. Já a gestão corretiva realiza reparos emergenciais, quando algum equipamento ou sistema falha.
Quais as principais tecnologias utilizadas na automação energética?
A gestão de energia e eficiência energética das usinas dependem de boas tecnologias e parceiros confiáveis. Isso porque, é praticamente impossível acompanhar de forma segura e precisa tantos dados e equipamentos. Nesse sentido, você precisará de:
- sensores;
- equipamentos de medição;
- sistemas de monitoramento;
- sistemas de gestão integrados.
5 riscos da falta de monitoramento em usinas
Segundo dados da Aneel, o Brasil tem 3,3 milhões de sistemas fotovoltaicos, com uma potência operacional de 37,5 GW. São mais de 5 milhões de consumidores beneficiados com a geração distribuída de energia solar, o que demonstra o enorme potencial do mercado.
E não para por aí! A Absolar prevê um aumento de 13,2 GW de capacidade instalada em 2025 — 8,5 GW em geração distribuída e 4,6 GW em geração centralizada.
Os números são animadores, mas empresas do setor precisam ficar atentas à gestão de energia se quiserem aproveitar as oportunidades que virão. Isso porque a falta de monitoramento gera grandes riscos ao sistema. Entenda!
1. Dificuldade para prever falhas
Sem boas ferramentas de monitoramento, a gestão da usina é muito mais complexa e imprecisa. Falta visibilidade sobre a performance dos ativos, o que pode provocar a queima de equipamentos e interrupções inesperadas.
2. Sobrecarga e perda de eficiência operacional
Outro risco comum da falta de monitoramento é a sobrecarga do sistema e até a perda de eficiência operacional. Aqui, é válido mencionar que a visibilidade em tempo real ajuda a tomar decisões rápidas e prevenir prejuízos ainda maiores.
3. Aumento de custos com manutenções emergenciais
Quem não previne falhas acaba precisando lidar com reparos emergenciais, e eles são mais caros, lentos e prejudiciais à produtividade da usina solar. Um equipamento que queima exigirá reposição imediata e sem planejamento financeiro.
4. Riscos à segurança da equipe e do meio ambiente
Também destacamos os riscos à segurança da equipe e ao próprio meio ambiente. Isso porque, alguns problemas podem provocar curtos e acidentes nas instalações — o que é ruim até mesmo para a reputação do negócio.
5. Tempo de resposta lento
Por fim, se você não está atento a tudo o que acontece em sua usina, pode não conseguir reagir com a rapidez necessária em caso de falhas. Dessa forma, enfrentará picos de inatividade e prejuízos operacionais e financeiros.
Benefícios da gestão de energia para empresas e usinas solares
Abaixo, listamos os principais ganhos de quem aplica uma gestão inteligente e contínua de energia:
- Redução de custos operacionais com manutenções, falhas e desperdícios;
- Otimização da eficiência energética e performance dos equipamentos;
- Tomada de decisão baseada em dados confiáveis e em tempo real;
- Redução de emissões e alinhamento com metas ESG;
- Previsibilidade da geração e consumo, mesmo em múltiplos pontos;
- Análise preditiva e melhoria contínua dos processos energéticos;
- Integração com sistemas externos (ERP, solarimetria, plataformas de O&M).
Gestão de energia segundo a ISO 50001
A norma internacional ISO 50001 define diretrizes para a criação de Sistemas de Gestão de Energia (SGE) eficazes, com foco em eficiência, melhoria contínua e governança energética.
Embora a ISO se aplique a indústrias, comércios e serviços, suas boas práticas são perfeitamente adaptáveis às operações de usinas solares, especialmente com o uso de tecnologias como:
- Plataformas SCADA (como o SGD da ATI);
- Sensores e gateways com protocolos industriais;
- Coleta e análise de KPIs técnicos (PR, FC, EPI).
Aplicar os fundamentos da ISO 50001 em sua operação solar aumenta a confiança em auditorias, reforça o valor para investidores e traz segurança regulatória.
Como funciona a gestão de energia em empresas?
Um processo robusto de gestão energética passa por cinco etapas principais:
- Monitoramento contínuo
- Coleta de dados em tempo real de medidores, inversores, estações solarimétricas, etc.
- Análise de dados
- Avaliação de desempenho, falhas, gargalos e perdas.
- Ação automatizada
- Rearmes remotos, comandos automáticos e lógica programável.
- Verificação e ajustes
- Emissão de relatórios, comparação de indicadores, auditoria interna.
- Melhoria contínua
- Atualização de protocolos, adoção de novas estratégias, revisão de metas.
Soluções como o SGD da ATI integram todas essas etapas em um único sistema, com interface amigável e arquitetura escalável, ideal para quem busca controle total e gestão inteligente de sua geração de energia.
Quais os impactos diretos na operação e desempenho energético para usina de energia?
Os riscos acima indicam a importância de investir na gestão de energia, mas não são os únicos prejuízos que sua usina pode enfrentar. A verdade é que o monitoramento ineficaz é um problema complexo, com consequências expressivas.
Redução na vida útil de equipamentos
Sem o monitoramento em tempo real da usina, seus equipamentos podem sofrer com falhas constantes e ter uma vida útil reduzida. Assim, temos a necessidade de reposição de peças e itens em menos tempo.
Quedas de produção e falhas na distribuição de energia
Outra consequência direta é a queda de produtividade da usina. Ou seja, a redução de sua capacidade de gerar e distribuir energia.
Isso prejudica a rentabilidade do negócio e sua própria sobrevivência, mesmo que o mercado esteja em crescimento.
Perda de dados operacionais estratégicos
A gestão de energia é feita com base em dados, mas sem o monitoramento isso não é possível. Negócios que não investem nos equipamentos e estratégias certas acabam adotando uma administração manual e com muito “feeling” e pouca análise de dados.
Como fazer uma gestão de energia eficiente em usinas?
Você já conhece os riscos, agora gostaríamos de te ajudar a evitá-los. É claro que um gestor de energia realiza atividades muito mais amplas e estratégicas, mas existem boas práticas e investimentos que podem te dar mais tranquilidade para operar.
Quer saber quais são? Confira!
Invista em sistema SCADA e sensores inteligentes
Comece pela automação de processos e invista em um sistema SCADA e em sensores. Esses recursos são os grandes aliados do gerenciamento de usinas solares, entregando mais visibilidade e controle dos ativos e geração de energia.
Na prática, essa infraestrutura te dará a oportunidade de acompanhar em tempo real e de forma precisa tudo o que acontece nas instalações.
Defina bons indicadores de desempenho (KPIs)
A gestão por KPIs te ajudará a monitorar a performance ideal de sua usina. Para tanto, indicamos que trabalhar com indicadores de desempenho relevantes para seu cenário, como:
- taxa de disponibilidade;
- performance ratio (PR);
- fator de capacidade.
Trabalhe com plataformas integradas
A gestão de usinas se torna mais eficaz quando há integração de dados e de sistemas. E o motivo é simples: isso aumenta a visibilidade sobre os processos e garante decisões assertivas com rapidez.
A melhor forma de conseguir isso é usando sistemas e plataformas integradas. Ou seja, softwares que conversam entre si e conseguem extrair e compartilhar informações.
Treine sua equipe e defina protocolos de ação
Por último, mas igualmente relevante: você deverá ter uma equipa qualificada. Isso significa contar com profissionais que saibam manusear as tecnologias e recursos e fazer análises estratégicas.
Em geral, um bom sistema de gestão reduz o trabalho manual e emite alertas e relatórios detalhados sobre tudo o que importa. Mas é seu time que transformará todos esses insights em ação.
Para ver um panorama mais completo e aplicado à operação, leia também nosso conteúdo sobre gestão de usina solar.
FAQ: Gestão de Energia
O que é gestão de energia e para que serve?
É o processo de monitoramento, controle e otimização do uso de energia com foco em eficiência, economia e sustentabilidade. Em usinas solares, ela garante performance, segurança e previsibilidade da operação.
Quais são os principais benefícios da gestão de energia?
- Redução de custos
- Aumento da eficiência operacional
- Previsibilidade de falhas e consumo
- Alinhamento ESG
- Suporte à tomada de decisão com dados confiáveis
Qual a diferença entre gestão de energia e eficiência energética?
Eficiência energética trata do uso racional da energia. Gestão de energia envolve todo o ciclo: monitoramento, análise, automação e decisões com base em dados, especialmente via SCADA e KPIs.
Por que a gestão de energia é importante para usinas solares?
Porque ela permite automatizar a operação, prever falhas, reduzir inatividade, aumentar a vida útil dos ativos e garantir rentabilidade com base em dados técnicos.
Quais tecnologias são usadas na gestão de energia?
- Softwares SCADA (como o SGD da ATI)
- Gateways industriais
- Unidades remotas (UTRs)
- Dashboards com KPIs técnicos
- Integrações via API com solarimetria e sistemas externos
O que é a ISO 50001 e como ela se aplica à gestão de energia?
É uma norma internacional que fornece uma estrutura para criar sistemas eficientes de gestão energética. Sua aplicação em usinas solares ajuda a formalizar processos e padronizar boas práticas com base em dados.
Como a ATI pode te ajudar na gestão de energia?
Mais do que gestão de energia: oferecemos gestão completa da operação da sua usina.
Com mais de 38 anos de trajetória e uma atuação inovadora, a ATI entrega soluções que integram todas as etapas da operação em usinas solares — do monitoramento remoto à automação de comandos, passando pela coleta e análise de dados estratégicos em tempo real.
Nosso sistema SGD (Supervisório de Geração Distribuída) é a base dessa operação inteligente. Com ele, você:
- automatiza a infraestrutura;
- integra equipamentos de diferentes fabricantes;
- supervisiona remotamente com uma interface amigável;
- realiza a gestão de toda a operação da sua usina com eficiência e segurança.
Monitoramos 250 usinas em todo o país, com mais de 375 mil pontos de dados ativos e abrangência nacional presente em mais de 150 municípios brasileiros.
Quer saber mais? Leia tudo sobre troca de sistema de energia aqui.