Gestão de energia: eficiência, controle e automação

16 de setembro de 2025

A Gestão de energia é mais do que um conceito técnico, é a linha tênue entre eficiência e desperdício, entre controle e surpresa operacional.

Na teoria, tudo deveria funcionar: dados fluindo, alarmes alertando, decisões sendo tomadas no tempo certo.

Mas na prática? Um sistema fora do ar, um comando que não executa, um consumo fora do previsto… e lá se vão desempenho, previsibilidade e orçamento.

Para quem vive o dia a dia da operação energética, seja no setor industrial, comercial ou de infraestrutura crítica, fica claro: não dá mais para depender de planilhas, tentativas e retrabalho..

Neste artigo, você vai entender:

  • O que realmente é gestão de energia (e o que ela não é);
  • Os riscos reais da falta de visibilidade e automação;
  • E como a tecnologia certa pode mudar sua operação, com dados confiáveis, comandos inteligentes e decisões precisas.

O que significa gestão de energia na prática?

A gestão de energia é o processo de monitoramento, controle e otimização do uso de recursos energéticos (como eletricidade, gás e combustíveis) com foco em eficiência, economia e sustentabilidade.

Em um cenário de alta complexidade operacional como o de usinas solares, esse conceito ganha ainda mais relevância. Aqui, gestão de energia significa antecipar falhas, automatizar decisões críticas e garantir alta performance com segurança e previsibilidade.

Com tecnologias como SCADA, sensores inteligentes, automação e análise de dados, a gestão energética evolui de controle básico para uma estratégia operacional que reduz custos e protege a rentabilidade da planta.

O que é gestão de energia?

A gestão de energia é um conjunto de atividades que visa melhorar a performance, rentabilidade e sustentabilidade de usinas de energia solar. Assim, promove a eficiência operacional do sistema, controlando custos e perdas.

É importante dizer que o gerenciamento de energia é um processo amplo e complexo que precisa observar todos os ativos e fluxos da usina: da produção à distribuição da energia.

Na ATI, entendemos que a verdadeira gestão de energia vai além do controle do consumo e da eficiência. Nosso conceito abrange toda a gestão da operação da usina, incluindo monitoramento, automação, integração de dados, análises preditivas e atuação remota.

Como funciona o monitoramento de energia em tempo real?

O monitoramento em tempo real é um dos fatores mais importantes para a gestão de energia em usinas. Como o nome sugere, ele é feito de forma contínua com a ajuda de softwares e hardwares específicos.

Gestão preventiva x gestão corretiva de usinas

A gestão preventiva se baseia no monitoramento em tempo real e constante da usina, visando evitar paralisações e prejuízos. Já a gestão corretiva realiza reparos emergenciais, quando algum equipamento ou sistema falha.

Quais as principais tecnologias utilizadas na automação energética?

A gestão de energia e eficiência energética das usinas dependem de boas tecnologias e parceiros confiáveis. Isso porque, é praticamente impossível acompanhar de forma segura e precisa tantos dados e equipamentos. Nesse sentido, você precisará de:

  • sensores;
  • equipamentos de medição;
  • sistemas de monitoramento;
  • sistemas de gestão integrados.

5 riscos da falta de monitoramento em usinas

Segundo dados da Aneel, o Brasil tem 3,3 milhões de sistemas fotovoltaicos, com uma potência operacional de 37,5 GW. São mais de 5 milhões de consumidores beneficiados com a geração distribuída de energia solar, o que demonstra o enorme potencial do mercado.

E não para por aí! A Absolar prevê um aumento de 13,2 GW de capacidade instalada em 2025 — 8,5 GW em geração distribuída e 4,6 GW em geração centralizada.

Os números são animadores, mas empresas do setor precisam ficar atentas à gestão de energia se quiserem aproveitar as oportunidades que virão. Isso porque a falta de monitoramento gera grandes riscos ao sistema. Entenda!

1.      Dificuldade para prever falhas

Sem boas ferramentas de monitoramento, a gestão da usina é muito mais complexa e imprecisa. Falta visibilidade sobre a performance dos ativos, o que pode provocar a queima de equipamentos e interrupções inesperadas.

2.      Sobrecarga e perda de eficiência operacional

Outro risco comum da falta de monitoramento é a sobrecarga do sistema e até a perda de eficiência operacional. Aqui, é válido mencionar que a visibilidade em tempo real ajuda a tomar decisões rápidas e prevenir prejuízos ainda maiores.

3.      Aumento de custos com manutenções emergenciais

Quem não previne falhas acaba precisando lidar com reparos emergenciais, e eles são mais caros, lentos e prejudiciais à produtividade da usina solar. Um equipamento que queima exigirá reposição imediata e sem planejamento financeiro.

4.      Riscos à segurança da equipe e do meio ambiente

Também destacamos os riscos à segurança da equipe e ao próprio meio ambiente. Isso porque, alguns problemas podem provocar curtos e acidentes nas instalações — o que é ruim até mesmo para a reputação do negócio.

5.      Tempo de resposta lento

Por fim, se você não está atento a tudo o que acontece em sua usina, pode não conseguir reagir com a rapidez necessária em caso de falhas. Dessa forma, enfrentará picos de inatividade e prejuízos operacionais e financeiros.

Benefícios da gestão de energia para empresas e usinas solares

Abaixo, listamos os principais ganhos de quem aplica uma gestão inteligente e contínua de energia:

  • Redução de custos operacionais com manutenções, falhas e desperdícios;
  • Otimização da eficiência energética e performance dos equipamentos;
  • Tomada de decisão baseada em dados confiáveis e em tempo real;
  • Redução de emissões e alinhamento com metas ESG;
  • Previsibilidade da geração e consumo, mesmo em múltiplos pontos;
  • Análise preditiva e melhoria contínua dos processos energéticos;
  • Integração com sistemas externos (ERP, solarimetria, plataformas de O&M).

Gestão de energia segundo a ISO 50001

A norma internacional ISO 50001 define diretrizes para a criação de Sistemas de Gestão de Energia (SGE) eficazes, com foco em eficiência, melhoria contínua e governança energética.

Embora a ISO se aplique a indústrias, comércios e serviços, suas boas práticas são perfeitamente adaptáveis às operações de usinas solares, especialmente com o uso de tecnologias como:

  • Plataformas SCADA (como o SGD da ATI);
  • Sensores e gateways com protocolos industriais;
  • Coleta e análise de KPIs técnicos (PR, FC, EPI).

Aplicar os fundamentos da ISO 50001 em sua operação solar aumenta a confiança em auditorias, reforça o valor para investidores e traz segurança regulatória.

Como funciona a gestão de energia em empresas?

Um processo robusto de gestão energética passa por cinco etapas principais:

  1. Monitoramento contínuo
    • Coleta de dados em tempo real de medidores, inversores, estações solarimétricas, etc.
  2. Análise de dados
    • Avaliação de desempenho, falhas, gargalos e perdas.
  3. Ação automatizada
    • Rearmes remotos, comandos automáticos e lógica programável.
  4. Verificação e ajustes
    • Emissão de relatórios, comparação de indicadores, auditoria interna.
  5. Melhoria contínua
    • Atualização de protocolos, adoção de novas estratégias, revisão de metas.

Soluções como o SGD da ATI integram todas essas etapas em um único sistema, com interface amigável e arquitetura escalável, ideal para quem busca controle total e gestão inteligente de sua geração de energia.

Quais os impactos diretos na operação e desempenho energético para usina de energia?

Os riscos acima indicam a importância de investir na gestão de energia, mas não são os únicos prejuízos que sua usina pode enfrentar. A verdade é que o monitoramento ineficaz é um problema complexo, com consequências expressivas.

Redução na vida útil de equipamentos

Sem o monitoramento em tempo real da usina, seus equipamentos podem sofrer com falhas constantes e ter uma vida útil reduzida. Assim, temos a necessidade de reposição de peças e itens em menos tempo.

Quedas de produção e falhas na distribuição de energia

Outra consequência direta é a queda de produtividade da usina. Ou seja, a redução de sua capacidade de gerar e distribuir energia.

Isso prejudica a rentabilidade do negócio e sua própria sobrevivência, mesmo que o mercado esteja em crescimento.

Perda de dados operacionais estratégicos

A gestão de energia é feita com base em dados, mas sem o monitoramento isso não é possível. Negócios que não investem nos equipamentos e estratégias certas acabam adotando uma administração manual e com muito “feeling” e pouca análise de dados.

Como fazer uma gestão de energia eficiente em usinas?

Você já conhece os riscos, agora gostaríamos de te ajudar a evitá-los. É claro que um gestor de energia realiza atividades muito mais amplas e estratégicas, mas existem boas práticas e investimentos que podem te dar mais tranquilidade para operar.

Quer saber quais são? Confira!

Invista em sistema SCADA e sensores inteligentes

Comece pela automação de processos e invista em um sistema SCADA e em sensores. Esses recursos são os grandes aliados do gerenciamento de usinas solares, entregando mais visibilidade e controle dos ativos e geração de energia.

Na prática, essa infraestrutura te dará a oportunidade de acompanhar em tempo real e de forma precisa tudo o que acontece nas instalações. 

Defina bons indicadores de desempenho (KPIs)

A gestão por KPIs te ajudará a monitorar a performance ideal de sua usina. Para tanto, indicamos que trabalhar com indicadores de desempenho relevantes para seu cenário, como:

  • taxa de disponibilidade;
  • performance ratio (PR);
  • fator de capacidade.

Trabalhe com plataformas integradas

A gestão de usinas se torna mais eficaz quando há integração de dados e de sistemas. E o motivo é simples: isso aumenta a visibilidade sobre os processos e garante decisões assertivas com rapidez.

A melhor forma de conseguir isso é usando sistemas e plataformas integradas. Ou seja, softwares que conversam entre si e conseguem extrair e compartilhar informações.

Treine sua equipe e defina protocolos de ação

Por último, mas igualmente relevante: você deverá ter uma equipa qualificada. Isso significa contar com profissionais que saibam manusear as tecnologias e recursos e fazer análises estratégicas.

Em geral, um bom sistema de gestão reduz o trabalho manual e emite alertas e relatórios detalhados sobre tudo o que importa. Mas é seu time que transformará todos esses insights em ação.

Para ver um panorama mais completo e aplicado à operação, leia também nosso conteúdo sobre gestão de usina solar.

FAQ: Gestão de Energia

O que é gestão de energia e para que serve?

É o processo de monitoramento, controle e otimização do uso de energia com foco em eficiência, economia e sustentabilidade. Em usinas solares, ela garante performance, segurança e previsibilidade da operação.

Quais são os principais benefícios da gestão de energia?

  • Redução de custos
  • Aumento da eficiência operacional
  • Previsibilidade de falhas e consumo
  • Alinhamento ESG
  • Suporte à tomada de decisão com dados confiáveis

Qual a diferença entre gestão de energia e eficiência energética?

Eficiência energética trata do uso racional da energia. Gestão de energia envolve todo o ciclo: monitoramento, análise, automação e decisões com base em dados, especialmente via SCADA e KPIs.

Por que a gestão de energia é importante para usinas solares?

Porque ela permite automatizar a operação, prever falhas, reduzir inatividade, aumentar a vida útil dos ativos e garantir rentabilidade com base em dados técnicos.

Quais tecnologias são usadas na gestão de energia?

  • Softwares SCADA (como o SGD da ATI)
  • Gateways industriais
  • Unidades remotas (UTRs)
  • Dashboards com KPIs técnicos
  • Integrações via API com solarimetria e sistemas externos

O que é a ISO 50001 e como ela se aplica à gestão de energia?

É uma norma internacional que fornece uma estrutura para criar sistemas eficientes de gestão energética. Sua aplicação em usinas solares ajuda a formalizar processos e padronizar boas práticas com base em dados.

Como a ATI pode te ajudar na gestão de energia?

Mais do que gestão de energia: oferecemos gestão completa da operação da sua usina.

Com mais de 38 anos de trajetória e uma atuação inovadora, a ATI entrega soluções que integram todas as etapas da operação em usinas solares — do monitoramento remoto à automação de comandos, passando pela coleta e análise de dados estratégicos em tempo real.

Nosso sistema SGD (Supervisório de Geração Distribuída) é a base dessa operação inteligente. Com ele, você:

  • automatiza a infraestrutura;
  • integra equipamentos de diferentes fabricantes;
  • supervisiona remotamente com uma interface amigável;
  • realiza a gestão de toda a operação da sua usina com eficiência e segurança.

Monitoramos 250 usinas em todo o país, com mais de 375 mil pontos de dados ativos e abrangência nacional presente em mais de 150 municípios brasileiros.

Quer saber mais? Leia tudo sobre troca de sistema de energia aqui.